segunda-feira, 28 de julho de 2008

A Fuga (frustada) de Drácula

Como o ultimo jogo da noite, queria experimentar The Fury of Dracula (nova versão da FFG), que havia comprado para o meu irmão a mais de um ano e ainda não tinha jogado. Meu irmão, antes de começar, já estava chorando que o jogo era desequilibrado para os caçadores, mas mesmo assim, não abriu mão de ser o vampirão.

Como estávamos em três jogadores apenas, meu irmão ficou com o Drácula, eu com o Lord Godalming e Dr.Seward e o Johan com Van Helsing e Mina Hacker. Começamos ignorando a Inglaterra, já que meu irmão tinha começado os dois últimos jogos (que ele tinha jogado com o Johan) lá e ficamos enchendo o saco dele que ele iria estar lá, aparentemente deu certo, pois ele também não começou na Inglaterra, como descobrimos depois. Bem eu peguei a Europa Ocidental com Dr. Seward na Península Ibérica e Lord Godalming na Alemanha. Van helsing começou no leste Europeu e Mina Hacker na Itália.

Para a nossa sorte, logo no início já saiu um teleporte para o Drácula, minimizando o estrago que esta carta poderia causar. Descobrimos pouco tempo depois que neste teleporte ele tinha ido para a península Ibérica e que havia um Vampiro por lá, que precisaríamos encontrar. Dr. Seward, que já estava na área ficou responsável por isso, enquanto que os outros caçadores tomavam posições para impedir a fuga por terra. Novamente meu irmão quase conseguiu enganar a gente, mas na ultima hora a localização exata do vampiro foi revelada e Dr. Seward, apesar de mordido, conseguiu eliminar o problema.

Então Drácula resolveu ir para o mar. Meu irmão, neste momento, tinha criado um belo plano para nos despistar, pena que ele não contava com uma carta que revelaria as passagens dele pelo mar, o que nos fez descobrir sua fuga pelo mediterrâneo e não para a Inglaterra, como ele queria que pensássemos. Podemos dizer que este foi o começo do fim, pois com ele preso no Mediterrâneo e com duas cartas de bom tempo na mão (que permite uma viagem pelo mar mais rápida), rapidamente conseguimos estar logo atrás do vampirão.

Quando ele desembarcou no mar Jônico, fomos capazes de cercar ele pelo Sul, desembarcando com Lord Godalming e Dr. Seward logo após Drácula e pelo norte também. O cerco se apertou rapidamente e embora ainda fosse noite, o amanhecer estava chegando. Meu irmão foi capaz de jogar algumas defesas contra as investidas de Lord Godalming (fog) e Dr. Seward (Wild Horses), mas Mina conseguiu chegar nele logo em seguida, e como tinha acabado de amanhecer, mesmo estando bem machucada devido a um encontro com ciganos, Mina conseguiu acabar com Drácula com uma boa combinação de estaca e balas consagadras. Mais uma derrota para a coleção do Drácula.

O jogo não me pareceu muito desequilibrado, apesar da surra que demos no Drácula, pois na verdade, demos muita sorte em quase todas as rolagens. Prato cheio para quem gosta de jogos cooperativos, mas já se cansou do Arkham Horror ou não quer apanhar do Shadows over Camelot.

Um pouco mais sobre o Ur

Conforme prometido, vamos falar um pouco do Ur. Quem conhece o Tigris & Euphrates e der uma olhadinha por cima no Ur pode achar que é uma versão do Tigris sem o tabuleiro e embora a temática seja bem parecida (ambos são sobre civilizações antigas), algumas peças também (ambos os jogos tem ladrilhos que representam, cada um, uma certa "arte" no mundo antigo) e até os cubos estão presentes, as semelhanças acabam por aí. Dá até para se afirmar que um Tigris foi utilizado como base para o desenvolvimento do Ur, algo do tipo, não gostei deste jogo, deixa eu ver o que dá para fazer com estas peças, mas os dois jogos são bem diferentes.

No Ur, primeiramente você monta o espaço de jogo, colocando os ladrilhos em uma matriz 6x6, sobram 4 ladrilhos desta montagem. Cada ladrilho destes tem dois lados diferentes, sendo que cada lado representa não apenas as propriedades daquele ladrilho, mas também as ações que podem ser feitas. Um lado de um ladrilho pode ser:

Azul: são os políticos, a liderança, no tabuleiro não tem função específica, como ação permite o rearranjo de seus cubos

Verde: são as fazendas, no tabuleiro indica a posição das fazendas, como ação permite o crescimento de cubos nelas, mas provocam a perda de cubos em ladrilhos distantes

Roxo: são os comerciantes, no tabuleiro indica a posição dos pontos de comércio, como ação permite o crescimento de cubos através do comércio

Amarelo: são os difusores de cultura (professores, artistas, etc.), no tabuleiro indicam a posição dos centros culturais, como ação permite o crescimento dos ladrilhos próximos

Vermelho: são os exércitos, no tabuleiro não tem função específica, como ação permite a invasão de ladrilhos próximos.

Cada ladrilho tem uma cor diferente de cada lado e existem três ladrilhos de cada combinação possível. Os ladrilhos, além de compor o tabuleiro, são utilizados pelos jogadores para realizar as ações de jogo. Na sua vez, cada jogador tem um ladrilho na sua mão, e pode realizar nenhuma, uma ou as duas ações disponíveis para ele (uma com cada lado). Depois ele é obrigado a trocar o ladrilho que tem em suas mãos por outro do tabuleiro que não pode estar ocupado e não pode ser igual ao ladrilho que ele acabou de usar. Assim, ao final de sua jogada atual, você tem que escolher que ações você pretende executar no próximo turno. Ao invés de realizar ação, você também pode trocar um ladrilho que tenha 5 cubos por um Zigurath, que é uma pirâmide (alguém falou em monumentos por aí?) que dá um bônus no final do jogo.

A pontuação é dada pelos ladrilhos dominados no final do jogo, com pontuação em Escala geométrica para o tamanho de cada grupo de diferentes ladrilhos + zigurath. Neste jogo de sábado, eu apanhei muito...

domingo, 27 de julho de 2008

Ur 4500 anos depois

Depois da partida de Power Grid, pedimos pizza, e enquanto esperávamos, resolvemos jogar uma partida de Ur (não confundir com este Ur aqui, que é o jogo mais antigo do mundo). Geralmente, a pizza demora suficiente para isso, mas ontem, graças a Lei de Murphy, não deu tempo nem de explicar as regras.

A Nirvana resolveu que poderia passar a noite na casa da minha mãe, assim eu poderia ficar jogando, com a condição que eu cuidasse do Daniel quando ele acordasse. E assim foi. Então depois da Pizza fomos para o jogo de Ur.

O jogo é bem abstrato e exige que você pense muito a frente e bem, jogando a primeira vez, a meia noite e com um bebe chorando no colo, ficou bem complicado. O jogo tem muitas sutilezas, e embora ele, definitivamente, não seja uma obra prima, deixa uma grade vontade de o conhecer melhor. O que dá para adiantar é que lembra muito o Tigris & Euphrates, embora eles tenham pouco haver entre si fora o tema.

Infelizmente hoje não poderei fazer uma resenha sobre o jogo e explicar um pouco melhor do que se trata, mas farei isso ainda esta semana, assim como falar sobre o terceiro jogo da noite, pois ainda jogamos The Fury of Dracula antes do sol nascer (e mesmo assim o Drácula apanhou feio)

Energia para os franceses

Ontem a noite, alimentados pela discussão na lista a respeito do Power Grid, resolvemos, eu e meu irmão, jogar para, digamos, tirar dúvidas (como se fosse necessário). Escolhemos o mapa da França.

Combinei com a Nirvana que iria jogar esta, pediriamos uma pizza e depois iriamos para casa com o Daniel, assim não haveria problemas.

Para os que não sabem, a principal característica do mapa da França é a abundância de Energia Nuclear, representada pela colocação da Usina 11 (nuclear 1/1), no topo da pilha de usinas e também pelo custo inicial de urânio em 5.

Com um custo desses, as usinas nucleares eram as grandes vedetes do jogo, ainda mais em um jogo para três jogadores, onde a escassez de matéria prima é presença constante. Assim, o leilão da usina 11 era aguardado. Depois de uma frustada tentativa de conseguir a usina 11 sem leilão, pois meu irmão não comprou nenhum usina, deixando a 11 no mercado futuro.

Estavámos jogando com a parte nordeste do mapa e eu comecei na região a sudeste de Paris, o Johan começou no noroeste e o João começou em Paris, de modo que, eu e o Johan tinhamos uma boa reserva de cidades atrás da gente, mas meu irmão tinha Paris.

No começo, eu comprei muitas usinas baratas, e isso me deixou com a matriz energética limitada, o Johan teve problemas ainda maiores com isso e meu irmão foi quem conseguiu um melhor conjunto de usinas, isso deu para ele uma boa vantagem.

Eu tentei competir com meu irmão no número de cidades, para não ficar muito defasado, mas não havia dinheiro para comprar mais usinas e manter este crescimento e logo vi que seria uma vitória muito difícil para mim. Se fosse uma vitória.

Tive alguns erros nesta parte e a vitória ficou fácil para o João, eu e o Johan disputamos a segunda colocação. Nesta, pelo menos, eu me dei melhor.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Cansei de esperar

Alguns de vocês devem se lembrar do meu blog dentro do BGG, como o Aldie desabilitou a função de Blog alguns meses atrás, sempre com a promessa de voltar, mas nunca voltando. Pois bem, resolvi que já era hora de transferir meu blog.

É uma pena, pois o BGG tinha muitas funções que facilitavam muito minha vida quando escrevia as sessões de jogos, além de já ter embutido uma divulgação dentro do meio que interessa aos Gamers em geral, mas enfim, temos que ir em frente.

Ainda hoje devo postar um pouco sobre as ultimas partidas que joguei.

Bem, aos novos leitores, bem-vindos, aos antigos, desculpem a demora.